terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Hoje descobri um novo significado de dor


Ia eu jantar como janto todos os dias quando me deparo com uma discussão sem nexo e quase com confronto físico ente mim e o meu pai. Uma discussão em que mais uma vez a minha mãe cala-se e fecha os olhos. Uma daquelas discussões em que até o meu irmão praticamente fugiu da cozinha e eu (que estava de pijama) era quase expulsa de casa. Ainda por cima com os nervos à flor da pele e as lágrimas a carirem involuntáriamente comecei a rir. O que ainda fez a situação tornar-se pior do que o que estava, pois o meu pai pensou que eu estava a gozar.

E vocês perguntam - se, mas o que é que originou tamanha discussão?

Resposta: O arroz (ou falta dele) no tacho para jantar.

Ridiculo não?

Pois é, é tão ridículo que eu nem acredito no que se passou.
E eu como também não sou "pêra doce" ao reparar na "quantidade" de arroz que sobrou para mim (uma colher de sopa) disse: "Bem, obrigada por me deixarem tantas sobras". Eu digo isto poque eu jamais me serviria ao ponto de não deixar quase nada para o meu filho ou amigo se assim fosse. Não que passe fome, não é o caso, mas sim a atitude que me deixou zangada direi. Daí ter dito o que dissetalvez de uma forma um pouco agressiva. O que no fim aconteceu muito brevemente foi o meu pai a crer dar-me a prato dele para eu comer e como eu não aceitei agarrou-me para tentar tirar-me o meu prato. Para não haver nenhum acidente eu pousei o prato e fui para a salar. Passado 3 minutos ele vem ter comigo e obriga-me a ir para a conzinha para comer, visto eu ter feito o que fiz ou comia ou então ia embora. Vou então para a cozinha e não estava a comer (o que ainda agravou mais a situação, mas ao mesmo tempo porque nem queria acreditar que me estavam a obrigar a comer).

Foi aí que senti uma dor tão forte como nunca tinha sentido. Uma pressão na garganta que não me deixava engolir os 3 grãos de arroz que tinha levado à boca. Ao perceber que não ia conseguir comer fui enfiar-me na casa de banho para tomar um duche, para ver se aliviava os nervos. Ao que o meu irmão entra e abraça-me dizendo: "não ligues ao que o pai disse, ele disse isso sem pensar". Ao que eu respondo, é a segunda vez que ele me manda embora de casa e eu digo-te, só não vou porque não tenho para onde ir. Se tivesse há muito tempo que já não morava nesta casa.

2 comentários:

  1. Shi...que situação.
    Comentei o outro post sem ler este primeiro.
    Sem dúvida vives num ambiente super tenso, entre ti e o teu pai.
    Talvez haja algo por trás que não vos deixa entenderem-se.
    As vezes, uma conversa calma(mesmo que ele levante a voz mantens-te sempre na tua posição selecta) e muito sincera (dizeres tudo o que pensas sobre ti, sobre ele, sobre vocês) ajuda imenso. E falo por experiência.
    Vai-te custar imenso mas no fim pode gerar resultado positivos.
    Pensa nesta sugestão com carinho;)

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  2. Miga, para além da opinião do(a) pintas (que tb já te dei), agarra nessa necessidade que tens de querer sair de casa, arranja um trabalho qualquer e luta pelas tuas coisas. Usa isso que pode parecer em energia negativa, transforma-a em positiva e luta. Sabes que estou sempre aqui.

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