terça-feira, 20 de outubro de 2009

Acontecimentos

Dia 1 de Outubro de 2009

Neste dia levanto-me de manhã para ir trabalhar, como num outro dia qualquer. Da parte da manhã fiz o meu serviço normalmente, fui almoçar a casa e pedi há minha mãe a carrinha emprestada para ir a Lisboa tratar de uns assuntos e, aproveitava ficava por lá para continuar o meu serviço. Visto trabalhar como comercial, basta estar num local que tenha empresas e lojas eu entro para dar a conhecer os serviços da empresa e, assim foi. Sai do Cacém por volta das 14h, fui por gasolina e segui para Lisboa conforme planeado. Cheguei ao Saldanha e estacionei, fui tratar do que tinha a tratar. Eram já 16h decidi vir embora para não apanhar o conhecido trânsito de Lisboa. Vinha muito bem sem grandes acelarações já no IC19 conhecido de tantos, quando tenho uma surpresa. Infelizmente nós não podemos prever que condutores estão do nosso lado, se são bons ou maus. Estava quase a chegar ao Cacém, entre o nó de Barcarena e o viaduto antes do nó do Cacém. Quando vejo um carro que vinha do lado direito a vir para cima de mim. Assustei-me e tentei desviar-me para a faixa da direita, visto eu estar no meio. Ao tentar desviar-me perdi o controlo da carrinha pois esta começou a dar de rabo, fiz meio pião e fui embater no separador central, nesta altura deixei de ver pois o airbag accionou e só parei na horizontal na faixa da direita. Sei que a primeira sensação que tive quando o carro bateu foi “merda” e depois quando o carro parou senti uma falta de ar como nunca tinha sentido. Tirei imediatamente o cinto de segurança mas nem sequer consegui sair do carro. Algumas pessoas que assistiram ao acidente pararam o carro e, um senhor num camião que ficou a 1m da carrinha foram logo socorrer-me. Abriram-me a porta, eu nem tinha tentado ainda, estava desnorteada e ao mesmo tempo a tentar perceber o que tinha acontecido. Reparei depois de eles abrirem a porta que estava empenada e, que eu por dentro jamais a conseguiria abrir. Perguntaram-me se estava tudo bem e a verdade é que só fiquei com arranhões e nódoas negras. No entanto ainda nem queria acreditar no que me tinha acontecido. Chamaram imediatamente a policia e o 112 que foram super rápidos a chegar ao local do acidente. Eu sai do carro, liguei à minha mãe a dizer o que se tinha passado e, ela veio o mais depressa que pode. Os senhores da polícia e dos Bombeiros perguntaram-me se estava bem se tinha visto a matrícula do carro, o que não aconteceu, eu estava bem, mas o causador do acidente fugiu e eu nem vi a matricula. Fui encaminhada para o Hospital Amadora – Sintra e só então comecei a ter dores, doía-me a mão direita que pensei mesmo que a tivesse partida, felizmente não estava partida apenas magoada do embate. Como a minha mãe ficou ao pé da carrinha para esperar pelo reboque o meu pai ainda teve tempo de chegar de sete – rios primeiro que o reboque. Enquanto isso eu estava no Hospital sozinha a pensar… A pensar no que tinha acontecido, entretanto avisei os amigos mais próximos que automaticamente me enchiam o telemóvel com mensagens e chamadas para saberem se eu estava bem. E mesmo contando o que tinha acontecido, a memória do embate estava sempre a vir à cabeça e eu pensava mas porque? Como? Como é que a pessoa que conduzia o outro carro não me viu, íamos quase lado a lado. Porquê eu? É verdade sou uma sortuda no meio disto tudo porque eu ainda estava no hospital quando a policia veio à minha procura para participar o sinistro e aí informara-me que eu tinha partido o separador central. Quando por lá passarem podem ver uma racha e uma fita vermelha e branca que ainda lá deve estar. Uma fita que ou foram os bombeiros desencarceradores ou a policia que lá pôs a assinalar o local.
E agora perguntam-me, mas porque só agora é que fizes-te um post sobre o acidente, já estamos a dia 20 de Outubro. A verdade é que acho que foi o tempo que eu levei a assimilar o que se passou. Tive ainda ontem a noticia que o arranjo da carrinha é o quíntuplo do que ela vale no mercado logo vai ter de ir para abate. Agora percebo a gravidade do acidente, não sei ainda como estou cá. A minha mãe diz que eu tive um anjo da guarda que me protegeu. Será? Quem sabe. Se for agradeço-lhe muito, pois a verdade é que eu tenho 24 anos e ainda tenho muito para viver, pelo menos tento viver a vida ao máximo, se calhar não da forma como eu desejava, mas esforço-me para aproveitar as oportunidades que a vida me dá e também a gozar a vida ao máximo, na companhia da família e dos amigos.

Queria também deixar um grande Obrigado aos senhores que me ajudaram, à polícia e aos bombeiros, pois não tive oportunidade devidamente de fazê-lo na altura pois ainda estava em choque digamos. Por isso, um Muito Obrigada a todos.

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